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Profissões do Futuro: Na Era das Máquinas o emprego é de quem?
Na Era das Máquinas, o Emprego é de quem?

ESTIMAÇÃO DA PROBABILIDADE DE AUTOMAÇÃO DE OCUPAÇÕES NO BRASIL

Segundo estudo do EPEA, o mapa da amostragem foi:

  • 1-Probabilidade de automação alta e muito alta, para trabalhos que pertencem a essas categorias em 2017 foi igual a 24.970.587, o que representou 54,45% em uma população de 45.859.149 empregados formais em CBOs com perfil ocupacional no referido ano.
  • 2- Entre os 46.281.590 trabalhadores formalmente empregados em 31 de dezembro de 2017, 61.672 estão com suas respectivas CBOs registradas como valores faltantes (not availables) na RAIS de 2017. Em função disso, esses trabalhadores não entraram no cômputo da porcentagem reportada.
  •  3- Trabalhadores informais no Brasil, que correspondem às pessoas que trabalham, por exemplo, como familiares não remunerados, trabalhadores por conta própria, autônomos e aqueles que não possuem carteira assinada. As estimativas para o período 2017-2018 da taxa de informalidade, segundo Ipea (2018), ficam entre 39% e 41% da população ocupada do Brasil.

O estudo diz que a era da automação do Brasil se alinha com os achados de David (2015) sobre a perfeita substituibilidade entre o desempenho humano em nível mediano e a tecnologia atualmente disponível. Para monitorar essa recente mudança de paradigma no mercado de trabalho dos Estados Unidos, Dvorkin (2016) apresentou a evolução de quatro tipos de trabalhos:

  • manual rotineiro;
  • manual não rotineiro;
  • cognitivo rotineiro;
  • cognitivo não rotineiro.

Em seu artigo, o autor mostra que o número de empregos manuais rotineiros e cognitivos rotineiros não está crescendo tão rápido quanto possível, e uma explicação para isso é o nível de automação que está aumentando nos últimos anos. Essa diferença entre os quatro tipos de empregos pode produzir, em um futuro próximo, mais desigualdade e desemprego no Brasil se nenhuma política pública for formulada.

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Em contrapartida, o trabalho de Frey e Osborne (2017) postulou que todas as ocupações, em vez de tarefas únicas, são automatizadas por avanços tecnológicos. Os autores estimaram que 47% de todos os empregos nos Estados Unidos podem estar em risco de serem automatizados em um futuro próximo. O ponto de vista deste trabalho foi mais pessimista do que o de outros autores, entretanto é o artigo mais citado sobre o tema na atualidade.

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Lista das profissões que NÃO serão automatizadas.

Segue a analise das 12 profissões com mais % de serem automatizadas e quais são os mapas que profissionais podem se utilizar para se preparar para as transições:

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Aquele que operar somente como gerente de projetos que verifica dados, métricas e resultados, dentro da classificação dos estudos do EPEA pode se encaixar no cognitivo rotineiro.

Para se preparar para a transição, precisará ser um profundo conhecedor da necessidade dos usuários e da solução a ser vendida, sendo essa relação um profundo estudo de estratégias, precisarão atuar com cuidados e detalhamentos semelhantes ao que são feitos na conservação dos bens culturais.

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O Engenheiro eletrônico que só reproduzir funcionamentos mecânicos de usabilidade, executando serviços eletrônicos, projetar sistemas, especificar equipamentos, elaborar documentações, desenvolver processos eletrônicos, terão essas funções automatizadas com muita facilidade e dentro da classificação dos estudos do EPEA pode se encaixar no cognitivo rotineiro. Isso não quer dizer que a profissão irá desaparecer, mas demandará dos profissionais uma parceria maior com as maquinas e uma criação mais completa com co criações com a Engenharia de Telecomunicações em desafios mais complexos.

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Médico patologista clínico / medicina laboratorial tem também a característica de cognitivo rotineiro, pois se baseia em analises de dados e fatos em um nível massivo e repetitivo, essas são caracterizas perfeitas para trabalhos que as máquinas podem fazer melhor que os humanos. Mas dentro da medicina mesmo, o oftalmologista, cujas as funções precisarão ainda de análises humanas com características cognitivas não rotineiras, terão menor capacidade de automatização.

Um intérprete atualmente desenvolve uma função cognitiva rotineira, e com as tecnologias de tradução simultânea se tornando cada vez mais interpretativas, esses profissionais perderão a função.

Se o profissional gostar da área de comunicação e idiomas devem considerar migrar para áreas onde a curadoria e experiências com o idioma e cultura estejam juntos, onde a tradução do que estão falando pode ate ser feita pelas máquinas, mas os conteúdos selecionados por eles serão seus diferencias e podendo se inspirar também em profissões como a do conservador de bens culturais.

Essa é uma das atuações onde o humano já opera de forma altamente automatizada, com um nível cognitivo-manual rotineiro muito alto. Essa profissão já possui um alto nível de automatização por maquinas.

Profissionais que escolherem essa função e gostam de lidar com o publico, podem se inspirar em profissões cujo o cuidar do outro esteja presente, pois são de cognição não rotineira, e possuirão um nível muito baixo de automatização, como a atividade de Babá.

Essa também é uma das atuações onde o humano já opera de forma altamente automatizada em muitos locais, pois possuem um nível cognitivo – manual rotineiro muito alto. Essa profissão já está com um alto nível automatização instalado em prédios e recepções coletivas, cujas funções já são substituídas por câmeras, interfones e fechaduras inteligentes.

Profissionais que escolherem essa função e gostam de auxiliar o publico, podem se inspirar em profissões cujo o educar o outro esteja presente, pois são de cognição não rotineira, e possuirão um nível muito baixo de automatização, como a atividade de professor.

O enólogo que só gerar valor por controlar os processos de elaboração do vinho, desenvolver atividades de pesquisas e classificando vinhos por safras, rótulos, fabricações e paladares sem agregar valor algum ao processo, são de nível manual rotineiro muito alto, e terão inteligências artificias com capacidade muito superior de guardar tais informações e orientações.

Mas se esse enólogo focar seus estudos em proporcionar experiências de percepções e paladares únicos, poderá continuar em sua área gerando valor no processo individual de se alimentar. Guardada as devidas atuações, podem ser comparados ao Nutricionista como atuações de baixo nível de automatização.

Um Administrador de redes existe hoje, porque as redes não estão interligadas de forma inteligente e a internet das coisas não está madura em todos os sistemas, é uma profissão classificada como de atuações manuais repetitivas.

Engenharias com valor de complexidade e criatividade podem ser profissões com baixa automatização para quem trabalha nessa área.

Um Arquiteto que só elaborar planos, fiscalizar obras e serviços, desenvolver estudo de viabilidade, ordenar uso de ocupação de terrenos, poderão ser substituídos por Inteligências Artificiais operando softwares de criação de projetos com mais facilidade que as mentes humanas podem.

Mas se o arquiteto começar a migrar suas atenções para como criar experiências de percepções cada vez mais singulares, explorar novas vertentes na área como a Neuro Arquitetura, esse profissional será de grande necessidade pois cocriar espaços de ajudem o auto desenvolvimento ou o acolhimento das pessoas serão muito demandados.

Com mais em mais pessoas conectadas à algum tipo de tecnologia, o detetive tal qual conhecemos, que segue pessoas e pistas físicas com uma cognição repetitiva, serão substituídos por vigilância cibernética que segue pessoas e pistas digitalmente o tempo todo de forma automatizada.

Se o profissional gostar mesmo de entender mistérios humanos, o convite seria olhar para profissões como psicanalista que ajudam as pessoas a desvendar muitos mistérios internos.

Com mais em mais pessoas conectadas à algum tipo de tecnologia, o entrevistador tal qual conhecemos que faz perguntas na rua ou em grupos de controle, e que é de cognição repetitiva, serão substituídos por big data e análises de dados que das pegadas digitais das pessoas.

Se o profissional gostar mesmo de entender o porque de humanos fazerem ou escolherem algo, o convite seria olhar para profissões como de Gerente de Recursos humanos que possuem na sua missão essas relações de escolha & atuações de um grupo de pessoas.

Essa é uma profissão de característica também manual-cognitiva rotineira, onde o humano segue uma rotina diária de processos para que algo possa ser realizado dentro de um sistema bancário. A maior disrupção desse setor não é a automatização da função diretamente, mas a digitalização do dinheiro.

O profissional que atua nessas funções devera buscar postos de gerência com valor agregado e o convite seria olhar para profissões como de Gerente de RH que serão cada vez mais necessários dentro do negocio bancário

Orientação Final

Se os profissionais se preparem para entregar valor agregado na profissão que gostam, terão a automatização e as máquinas não como algo que os desempregará, mas que os promoverão para suas melhores versões profissionais, mesmo que elas “desapareçam” tal qual conhecemos hoje, sendo recriadas segundo paradigmas de economias mais tecnologias, leves e fluidas.

Referências Importantes da Pesquisa do IPEA

O objetivo deste trabalho foi reproduzir a metodologia de Carl Benedikt Frey e Michael Osborne, de 2017, para estimação das probabilidades de automação das ocupações no Brasil. Essas estimativas são de potencial importância para os formadores de políticas públicas e profissionais por ser passível de nortear a carreira de trabalhadores, bem como definir cursos prioritários que as instituições de ensino deveriam oferecer visando maximizar as oportunidades de emprego no país. A opinião especializada de 69 acadêmicos e profissionais atuantes em aprendizado de máquinas foi levantada para embasar a estimação dessas probabilidades.

Os achados apontam que boa parte das ocupações pode ser automatizada nos próximos anos. Ademais, percebe-se que essas profissões com maior risco de automação apresentam uma tendência de crescimento ao longo do tempo, o que poderá resultar em um elevado nível de desemprego nos próximos anos caso os profissionais e o Estado não se preparem para esse cenário.

Por exemplo, em março de 2018, os funcionários da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (Correios) declararam greve. Uma das demandas dos grevistas foi o retorno de um cargo eliminado pela gerência do órgão, cuja atribuição era selecionar e verificar manualmente cada pacote/carta e depois separá-los segundo o destino (Cavallini, 2018). Essa demanda foi motivada após os ocupantes desses cargos terem sido demitidos ou realocados em outras tarefas devido à automatização no processo de produção dos Correios.

Em seu artigo, o autor mostra que o número de empregos rotineiros manuais e rotineiros cognitivos não está crescendo tão rápido quanto possível, e uma explicação para isso é o nível de automação que está aumentando nos últimos anos. Essa diferença entre os quatro tipos de empregos pode produzir, em um futuro próximo, mais desigualdade e desemprego no Brasil se nenhuma política pública for formulada.

Assim, dois cenários surgem: o primeiro é que as firmas no Brasil mantém o seu mesmo padrão de contratação independentemente do nível de automação, isto é, as empresas em sua maioria prefeririam manter trabalhadores humanos à automatização de tarefas, e devido a essa demanda de empregados a previsão para o número total de pessoas empregadas nesses grupos aumentaria.

Já o segundo cenário é mais preocupante. Caso as empresas decidam por automatizar essas profissões com alta chance de automação, então aproximadamente 30 milhões de empregos estariam em risco até 2026. Esse cenário é o mais fidedigno, uma vez que a automação de tarefas para as firmas produziria um aumento na eficiência de seus processos, redução de custos, além da possibilidade de certas atividades serem executadas 24 horas, sete dias por semana.

Fonte: Estadão e Voicers, Artigo desenvolvido por Ligia Zotini Mazurkiewicz.

 

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Moisés de Oliveira

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