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Online ou Offline

“Pandemia” do Online ou “sepultamento” do Offline? Pesquisas, tendências e profecias atestam de tudo um pouco. Porém, a vida ou morte de determinadas plataformas de conteúdo audiovisual seguem guiadas pela escolha do consumidor de conteúdo que, de maneira inteligente, conveniente e não excludente mostra que a complementaridade é o que prevalecerá daqui adiante.

Se você acha que essa “escolha” pelo digital é uma das maiores tendências do atual momento; se você simplesmente absorve “informações” de que o consumo de conteúdos via internet cresceu “zilhões” de vezes nesse período e sepultou as outras plataformas; se acha bonito repetir a frase de domínio público “não assisto à TV aberta, só Netflix”, saiba que o consumidor de conteúdo inteligente não se qualifica por opções excludentes. Ele fica com as melhores, seja ela qual for. E é isso que apontam os números.

Por Maurício Capasciutti

Televisão aberta ou Streaming? Rádio FM ou Spotify? Em tempos de pandemia e fake news, o mundo dá mais uma prova que não existe e nem existirá tendência única ou excludente. A complementaridade é a ordem mundial da indústria para os consumidores inteligentes de conteúdo audiovisual.

Em 2017, um estudo da Ericsson Consumer Lab apresentava a seguinte tendência para o ano de 2020:

O gráfico acima, por amostragem, registra que baseado nos mercados de Brasil, Canadá, China, Alemanha, Índia, Itália, Rússia, Coreia do Sul, Espanha, Suécia, Taiwan, Reino Unido e Estados Unidos, o estudo infere que, a partir de uma representatividade de 1.1 bilhão de consumidores de conteúdo, entre 16 e 69 anos, ambos os sexos, 7 em cada 10 consumidores seriam de conteúdo ON-DEMAND em 2020 – em número de horas de conteúdo audiovisual a ser consumido – quando comparados conteúdos online de VOD (video on-demand) às transmissões AO VIVO LINEARES de televisão.

Naturalmente, conseguiremos comprovar se a previsão está correta ao final do exercício do ano de 2020, mas a tendência mostrada, que se assemelha a uma realidade percebida e difundida nos dias de hoje, em tese justificaria os questionamentos que introduzem esse artigo, predominantemente inferindo que as escolhas digitais são as tendências que vêm prevalecendo.

Porém, além das plataformas, chama-nos atenção ainda outro detalhe que influi nas escolhas: independentemente do OFFLINE ou ONLINE, os tipos de conteúdos mais acessados e buscados são e sua ampla maioria: FILMES, SÉRIES, JORNALISMO AO VIVO e ESPORTE AO VIVO, nessa ordem, também segundo o mesmo estudo e segundo o curso de consumo de conteúdos que vem se comprovando desde o ano de 2017.

E esse começo de 2020 vem nos mostrar algumas outras conclusões: os filmes e séries ON-DEMAND nos “desligam” da realidade, enquanto o LIVE NEWS (jornalismo ao vivo) da TV ABERTA, RÁDIO e outros offlines nos “ligam” a ela – “chaves” ou “gatilhos” extremamente necessários quando nos deparamos com um avassalador advento de saúde pública que impacta o mundo e o comportamento humano, num contexto de quarentena e isolamento social.

Entre esses dois processos (“CONTEÚDO A ASSISTIR” E “POR QUAL PLATAFORMA”), há uma gama enorme de variáveis e a mais importante das conclusões:

Informações são mais fidedignas quando acessadas pelas grandes redes de televisão, pelos jornais impressos, pelas rádios lineares e seus respectivos canais digitais. Ponto importantíssimo em períodos sombrios de produção sistematizada de fake news disseminadas majoritariamente no ambiente digital.

Isso comprova o prestígio e os recordes de audiência das TVs abertas e fechadas com notícias e horários jornalísticos na cobertura da pandemia e do factual. Grandes TV´s bateram recordes com o ao vivo jornalístico (TV Globo, redes americanas como CBS, NBC e CNN). Kantar Ibope Media divulgou  no último mês dados que demonstram credibilidade da TV. Para 77% da população brasileira, a TV é o meio mais confiável para obter informações. Com a recomendação de órgãos nacionais e internacionais para as pessoas permanecerem em casa, trabalhar em esquema de home office e suspensão das atividades escolares, os programas jornalísticos tiveram um crescimento de 17% em sua audiência.

A Kantar Ibope Mídia ainda ressalta que o aumento destes números é uma tendência continental. Nos EUA a NBC registrou crescimentos de 21% no número de telespectadores entre 18 e 49 anos uma semana pós-determinação do confinamento no país (com exibição de séries!)

Online ou Offline

 

Já o entretenimento é mais acessível em quantidade e no tempo em que necessitamos quando nos servimos de streaming:  Netflix, Globoplay, Spotify, Deezer, Twitch, por exemplo. Ponto importantíssimo para termos entretenimento às mãos no momento em que quisermos. Fato comprovado pelo crescente número de acessos e assinaturas dos ON- DEMAND nesse mesmo período. Um relatório da Conviva, também do último mês, aponta qual é exatamente o tamanho do crescimento desse consumo de streaming. No mundo, a audiência do streaming de filmes, séries e vídeos em geral teve um crescimento de 20% no mês de março. Só nos Estados Unidos, esse crescimento foi de 26%.

Nesse sentido, assim como as grandes plataformas offline, plataformas digitais como o YouTube, Globoplay e o Instagram surpreenderam com suas transmissões ao vivo e lineares.

E ninguém se sobrepôs a ninguém. Ao contrário: testemunhamos inteligentes exercícios de crossmedia, com lives de social media sendo transmitidas por TV aberta e live news de TVs abertas e PayTV sendo totalmente disponibilizadas via streaming online em suas mídias sociais.

Millennials, dos 16 aos 34 anos, saíram das redes sociais para encorpar a audiência histórica do BBB 20 na TV Globo aberta. Adultos de 35 anos ou mais se mostraram presentes em produções de conteúdos no Tik Tok, rede social “mais jovem” do planeta, por força do confinamento com seus filhos adolescentes ou por simples curiosidade.

Todos ganhamos com essa complementaridade, consumidores e mercado publicitário. Este último, apesar de alguns estranhamentos iniciais e resvalos na regulamentação, acabou aceitando o “empacotamento” de entregas multiplataforma aos anunciantes.

LEIA TAMBÉM: Livestreaming chegou para ficar na era pós-lockdown da China.

Ou seja, o consumidor inteligente não exclui nenhum tipo de plataforma, mas agrega o conceito de curadoria para acessar fontes mais idôneas e prestigiadas de informação ao se LIGAR a notícias confiáveis, principalmente no offline ,e experimenta com muita propriedade as novas formas de conteúdo e entretenimento oferecidos para DESLIGAR da realidade pesada em tempos de pandemia e quarentena, principalmente no online.

Como imaginávamos lá atrás e, de maneira a acelerar o processo nesse contexto único pelo qual passa nosso planeta, na dúvida, fica-se com a melhor opção de cada.

Não existe morte ou vida para essa ou aquela plataforma. Não existe tendência milagrosa para este ou aquele serviço. Existe sim, a inteligência de quem consome conteúdo! E isso, está nas nossas cabeças, às nossas mãos e vai sempre ser guiado pelo comportamento de consumo do consumidor. Sem pandemia, sem profecia e sem sepultamento! Tudo vai passar e a Multi-escolha vai ficar!


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Maurício Capasciutti

Especialista e estudioso sobre tendências do comportamento de consumo de conteúdos audiovisuais, tecnologias e devices. Focado em soluções de Marketing, Produção de Conteúdos, Captação de Recursos, Branding & Desenvolvimento de Novos Negócios com amplo uso de habilidades e ferramentas de BI. Expertise profissional em Distribuição de conteúdos audiovisuais, Licenciamento de Direitos de Transmissão e estratégias multiplataforma Online & Offline.

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