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O período de pandemia, onde muitas organizações estão passando pelos mais cruéis desafios jamais imaginados antes, está servindo também para proporcionar suas mais autênticas manifestações. Percebo que o que acontece é exatamente o que há para acontecer. A partir do que há para acontecer, ou ainda, do que se consegue fazer sendo quem se é onde se escolhe estar, a pergunta que fica é: 

Quanto que as escolhas e as atitudes do dia a dia corporativo, em época de pandemia, isolamento e trabalho remoto, refletem com coerência o que está escrito nos quadros de Missão, Visão e Valores que estão presos na parede das salas de reuniões? 

Trago aqui dois olhares, ou quem sabe duas escolhas. A organização vai pautar suas atitudes com base no que está escrito nas paredes ou a empresa vai prestar atenção em suas atitudes e, a partir daí, reescrever a sua missão, a visão e os valores? Também pode ser um híbrido, por que não? Sim, de forma leve, coletiva, verdadeira e profunda, talvez este momento possa ser muito oportuno parar olhar pra dentro e compreender o que de fato está sendo nutrido e o que de fato a organização deseja e consegue nutrir. É como uma oportuna faxina no guarda-roupa para identificar o que está guardado e já não serve mais. Não falo aqui em cair em um discurso moralista ou politicamente correto, até porque, isso já há o suficiente e talvez até possa ser justamente a isso que a organização venha a se contrapor neste oportuno momento de análise de coerência. Assim como também não falo em desconsiderar tudo que está emergindo em todos os campos e aspectos da sociedade. Falo aqui na possibilidade de acolher, escutar, sentir as verdades que envolvem o sentido, o significado do fazer diário das organizações, ou seja, suas reais entregas de valor. Trago aqui a oportunidade de dar clareza no “para quê” se faz o que se faz, e também no “como” se faz o que se faz, e a partir daí, dentro de um contexto social, organizacional, global, completamente novo, abrir e sustentar os futuros desejáveis e possíveis que efetivamente entregarão valor para a sociedade e não somente lucro para os acionistas.

Talvez o momento possa ser oportuno para uma conexão muito verdadeira com a essência e com as verdades da organização neste momento delicado, completamente imprevisível e incontrolável que estamos vivendo juntos. Este é um momento onde a organização pode identificar o que é oportuno rever e a partir daí olhar para o que cabe, para onde cabe, para como seguir em frente. Pode ser um momento para realinhar combinados a partir das vivências que efetivamente acontecem na empresa, sem perder de vista sua Missão, Visão e Valores. 

Para não ficarmos em um campo muito vago eu proponho agora que você possa lembrar, ou se for o caso, procure ler a Missão, a Visão e os Valores da sua organização. Diante das tamanhas mudanças que estamos vivendo em todo o contexto global, e consciente dos impactos e efeitos que a sua organização está tendo, eu trago duas perguntas simples que podem apoiar a compreender a questão que proponho.

Pergunta 1 – Faz sentido sustentar o que está escrito na Missão, Visão e Valores? Quando se olha para esta pergunta é bom estar atento para o fato de que é muito provável que todas as pessoas da organização trabalham orientadas por estas frases, ou não, e tudo é feedback.

Pergunta 2 – Hoje e nos próximos meses, as escolhas e as práticas estarão de acordo com o que está escrito na Missão, Visão e Valores? Uma vez consciente da resposta individual que você traz para esta pergunta cabe refletir e avaliar se outros sócios, gestores e equipes fazem a mesma leitura. Aqui cabe um alinhamento de compreensões (clareza) ou, se for o caso, um novo olhar. 

Parece simples, mas não é. Eu diria que esta reflexão pode ser a chave de um novo momento efetivamente muito mais adequado com o contexto que se impõe. Este é o momento de abrir espaços de conversa para que o valor entregue pela organização seja percebido por todos que se relacionam com ela. Este é o momento onde muitas organizações terão a possibilidade de se adaptar ou quem sabe de se reinventar. Que conversas serão necessárias? Que atitudes serão necessárias? Que comportamentos e quais habilidades apoiam este novo momento? Que novo momento é este? No meu entendimento, ou quem sabe, no meu ponto de vista, o momento é de avaliação, acolhimento, respeito, cuidado e um constante explorar coletivo de possibilidades. Não vou trazer respostas. Não quero propor caminhos. Já vi muitas organizações propondo muitos caminhos para perguntas tortas. É mais caro, é mais dispendioso em todos os sentidos. Meu foco com este artigo é proporcionar uma reflexão consciente e consistente sobre a coerência do que está escrito nos compromissos de Missão, Visão e Valores que possivelmente tiveram origem em um processo de Planejamento Estratégico, com as verdades que acontecem todos os dias no cotidiano organizacional neste período de incertezas e isolamento em decorrência da pandemia COVID19. Por mais exigente que possa parecer, desejo que você faça uma ótima reflexão.

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Eduardo Cheffe

Facilitador e Coordenador de Grupos - A Arte da Liderança Colaborativa

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