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O termo em inglês “Lifelong Learning” significa que a aprendizagem não se limita a uma fase específica da vida, e sim ao longo dela. O conceito “Lifelong Learning” reconhece e incentiva a aprendizagem como algo contínuo e progressivo.  

A ideia de que devemos fazer mais para promover a aprendizagem ao longo da vida surgiu pela primeira vez nos Estados Unidos na década de 1960 e, desde então, vem crescendo lentamente em importância. O primeiro instituto dedicado à aprendizagem ao longo da vida foi fundado na New School University, em 1962, inicialmente para experimentar a aprendizagem na aposentadoria. 

O conceito de “Lifelong Learning” adiciona outra dimensão à aprendizagem ao longo da vida, na medida em que destaca como o aprendizado também ocorre em vários contextos e situações diferentes, em vez de ficar confinada ao ambiente de educação formal (escola, universidade, etc.).  

Aprendizagem ao longo da vida

A aprendizagem ao longo da vida se tornará uma exigência cada vez mais necessária e inevitável para os cidadãos do presente e, obviamente, do futuro. Estamos vivenciando um momento único na história da humanidade, na qual está ocorrendo um substancial aumento na expectativa de vida das pessoas, devido aos avanços da área de saúde. O paradigma de que devemos escolher apenas uma profissão para seguir durante toda a vida tornou-se obsoleto. As aceleradas inovações tecnológicas estão causando uma significativa mudança nos mercados de trabalho.  Alguns alunos que ingressam hoje no ensino superior podem se formar e trabalhar em empregos que ainda não existiam quando deram início à sua carreira acadêmica.  

Isso exige que indivíduos e empresas se envolvam continuamente em retreinamentos e requalificações. Ou seja, para que os indivíduos permaneçam relevantes e competitivos no mercado de trabalho, será necessário haver conexões mais fortes e contínuas entre a educação e o emprego.  

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A aprendizagem ao longo da vida desafia a atual metodologia aplicada pelas instituições de ensino superior, no qual se deve primeiro educar-se e, em seguida, ingressar no mercado de trabalho. A educação inicial (ou seja, obter um diploma) provavelmente será menos importante no mercado de trabalho do futuro, se comparado com o método de aprendizado que permitirá que os alunos adquiram as habilidades específicas de que precisam sempre que precisam, ao invés de forçá-los a obter uma série de habilidades de que eles podem ou não precisar. Isso implicará em uma mudança radical na forma de ensino, que terá menos foco em estudos de graduação prolongados, como temos nos dias atuais, e mais foco na aprendizagem dinâmica ao longo da vida, como um elemento permanente da vida profissional. Está transformação faz com que os empregadores reflitam sobre a importância das estratégias de formação para o desenvolvimento profissional. Mais e mais empregadores já estão adotando o conceito “Lifelong Learning” e tomando as medidas necessárias para cultivá-lo. Um exemplo disso é o Caso da Amazon¹. A empresa anunciou, em 2019, que planeja investir mais de US $ 700 milhões, nos próximos seis anos, para aumentar a qualificação de 100.000 funcionários para ocuparem os cargos que serão mais relevantes até o ano de 2025.  

A aprendizagem ao longo da vida tornou-se uma prioridade estratégica para formuladores de políticas nacionais e internacionais em todo o mundo. O conceito é uma resposta política abrangente para lidar com as rápidas mudanças tecnológicas e sociais – e até mesmo foi destacado nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU.  

Um exemplo de sucesso que podemos observar é o do Caso de Cingapura². O país tem estado na vanguarda do conceito “Lifelong Learning”, por meio da sua iniciativa SkillsFuture Singapore, que visa preparar os cingapurianos e as empresas do país para a economia digital. A iniciativa recebe SGD 1 bilhão em financiamento anual do governo e todos os cidadãos com mais de 25 anos recebem subsídios diretos de SGD 500 para cursos modulares pré-aprovados, relevantes para a indústria e pequenos negócios, enquanto as empresas são subsidiadas para aprimorar as habilidades dos seus funcionários. Nos últimos anos, cerca de 465.000 cingapurianos e 12.000 empresas foram beneficiadas com subsídios de treinamento. 

aprendizagem ao longo da vida

No contexto da aprendizagem ao longo da vida, é evidente que os jovens seniores aprendem de maneiras diferentes em comparação com os mais jovens. À medida que envelhecemos, a velocidade com que passamos a processar as informações diminui. No entanto, uma redução na capacidade de processar informações rapidamente pode não ser tão ruim. Isso porque, à medida que envelhecemos, desenvolvemos “inteligência cristalizada” – o acúmulo de conhecimento que adquirimos ao longo dos anos – que pode compensar o declínio cognitivo. Isso tem implicações positivas quando se trata de uma vida inteira de aprendizado contínuo – mas também aumenta a necessidade de diferentes abordagens de ensino, que deverá ser um dos grandes desafios a serem enfrentados pelas universidades do futuro. Atualmente, muitas empresas estão dando preferência por contratar, ou até mesmo permanecer, com funcionários jovens seniores devido a sua vasta experiência de vida e inteligência emocional para lidar com os problemas enfrentados de forma mais madura.  

Considero, que ao analisarmos o cenário completo, ao que vivemos atualmente, há poucas dúvidas de que a aprendizagem ao longo da vida será um elemento fixo na formação dos cidadãos do futuro. Ou seja, “aprender enquanto viver” não será apenas uma ideologia, mas sim uma necessidade para a maioria das pessoas que precisam trabalhar para sobreviver.  Quanto mais autônomo este aprendizado se torne, mas pessoas confiantes teremos no mundo. 

A aprendizagem ao longo da vida deveria deixar de ser uma formação e passar a ser um propósito para trazer uma nova visão de aprendizado em todas as dimensões da vida. Seguindo esta linha de raciocínio, peço a vocês que reflitam sobre as seguintes perguntas:  Qual é seu jeito de aprender? Quais formas de aprender estão mais e menos presentes na sua vida? Como você poderia potencializar aquilo que está menos latente, e que talvez possa te ajudar a evoluir em algumas situações? 

O aprendizado nos permite ampliar horizontes, ou seja, aprender é maravilhoso quando podemos ser nós mesmos! 

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Fátima Rendeiro

Mestra em Gestão da Economia Criativa pela ESPM, com especialização em Marketing e graduação em publicidade. Associated Partner do Copenhagen Institute for Futures Studies, Membro do Teach The Future, Diretora da Associação Brasileira de Propaganda (ABP), Conselheira do Grupo de Mídia do Rio de Janeiro e Professora da Graduação de Publicidade da ESPM Rio de Janeiro. Em sua carreira liderou o departamento de mídia de importantes agências de publicidade e recentemente foi Head da In Loco University, área de educação corporativa da empresa de tecnologia In Loco. Recebeu vários prêmios de mídia, entre eles, o Destaque Profissional de Mídia de Agência, prêmio concedido pela Associação Brasileira de Propaganda (ABP) nos anos de 2004, 2006 e 2010. Indicada ao Prêmio Caboré duas vezes, em 2013 foi vencedora como “ Melhor Profissional de Mídia ”, concedido pela editora Meio e Mensagem e considerado um dos mais importantes prêmios na área de publicidade. Como atividade voluntária foi co-organizadora do TEDxRio Educação em dezembro de 2018.

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