Liderança Regenerativa – Nota do editor: Esse é um trecho de um livro muito coerente com o momento em que vivemos, ele é um chamado para uma nova forma de liderar. Com conceitos lúcidos, maduros e integrado com a humanidade e o planeta, o livro “O Chamado para a Liderança Regenerativa” de Felipe Tavares, é sem dúvida uma grande inspiração para o futuro da liderança de governos, empresas e sociedade. Convido você para conhecer esse chamado e se te tocar, baixe o livro (por enquanto está gratuito). Agradeço minha colega de estudos de futuros Thayani Costa pela belíssima indicação.
QUEM ESCOLHEMOS SER?
A luta pelos direitos humanos e da Terra – a luta por um mundo mais bonito – não é uma corrida de cem metros, é uma maratona. A principal tarefa que nos é dada agora é uma reflexão profunda sobre como iremos servir, a partir da nossa essência, para a construção do mundo mais bonito que nossos corações sabem ser possível. O que eu posso fazer hoje que irá se somar com o trabalho de amanhã e poderá contribuir significativamente para a regeneração planetária? Como transformar o meu esforço em um legado de esperança e inspiração para o mundo?
O planeta nos convida a participar desta mudança.
Nos resta, então, descobrir qual papel iremos desempenhar para alcançar a mudança que queremos. O mundo mais bonito que nossos corações sabem ser possível é o título de um belo e importante livro do autor Charles Eisenstein onde ele explora a mudança de perspectiva do ”Mundo da Separação” para o “Mundo do Interser”.
SOMOS FEITOS DE HISTÓRIAS
A todo momento ouvimos, fabricamos e contamos histórias. Podemos não perceber, mas essas narrativas – reforçadas dia a dia – são o pano de fundo de todas as nossas escolhas. O primeiro passo para a transformação é ouvir essas histórias com uma atenção especial. Podemos, então, decidir se essas histórias nos servem ou não. Podemos escolher recriar as narrativas que nos orientam. Qual o nosso papel no mundo? O que é sucesso? O que é importante? Precisamos escolher as histórias que nos servem, abandonar as que não fazem sentido e recriar a narrativa do nosso futuro.
TEMOS A OBRIGAÇÃO DE JOGAR UM JOGO DIFERENTE
Não acredito que temos escolha. Temos a obrigação de mudar as regras, de jogar um jogo diferente, de ir além do absurdo considerado como normal. Nós precisamos de pessoas que refaçam o papel da humanidade. Precisamos de pessoas que quebrem as regras, desafiem o estabelecido e superem o convencional. E que nos mostre como.
LEIA TAMBÉM: Entenda o que é um Salto Quântico e imagine o Sistema Doors
SEJA INSUBSTITUÍVEL/ÚNICO
Por décadas a nossa curiosidade foi abafada nas escolas. Fomos treinados para a conformidade, fomos forçados a caber em uma função pré-definida. Nos tornamos facilmente substituíveis. Mas o mundo precisa de gente singular, de pessoas insubstituíveis, de pessoas que tenham voz e que se importam com uma causa maior do que a si mesmas.
Tornar-se curioso é um processo de cinco-dez-quinze anos em que você começa a encontrar a sua voz e entende que a coisa mais arriscada a se fazer é jogar o jogo da conformidade, é ser substituível. Encontrar o seu papel singular é uma tarefa em comunidade, é um ato generoso de doar-se e ser capaz de perceber-se nos outros. É uma experimentação corajosa. É se permitir pertencer e ousar contribuir. É um processo que daqui a algum tempo você vai desejar ter começado hoje.
MUDANÇA
Queremos evoluir. Para tanto, o mais comum é a busca por “fazer as coisas melhor”. A ideia é simples: para que eu me desenvolva pessoal ou profissionalmente eu devo aprimorar o jeito que faço as coisas. Esta é uma mudança dentro de fronteiras cotidianas, é uma escolha dentro de um conjunto conhecido de opções.
Mas e se em vez de “fazer as coisas melhor” nós pudéssemos “fazer melhores coisas”? Esta é uma mudança radical na forma de encarar a evolução.
A busca por eficiência – o “fazer as coisas melhor” – se completa apenas quando nos perguntarmos: eficiência e efetividade a serviço do quê? Quais opções não estão sendo consideradas e por quê? Qual o propósito de aprimorar aquilo que poderia ser transformado em algo melhor? Esta é uma mudança de segunda ordem que requer a reavaliação de premissas e crenças e também um despertar do coração para que seja possível perceber novas possibilidades. Mas, ainda mais profunda, é a terceira ordem de mudança. Ela é capaz de nos fazer “ver as coisas diferente”. Esta é a busca pela experiência de ver a nossa visão de mundo em vez de ver através da nossa visão de mundo. É o reconhecimento da lente através da qual fazemos sentido do mundo e que nos permite abordar a questão por um novo ângulo. É a possibilidade de habitarmos o diferente, é o exercício da visão expandida.
Link para baixar o livro aqui: