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O futuro já chegou. É hora de se preparar para as novas tendências que irão impactar as pessoas e os negócios. Tenho visto nos eventos e nas rodas de inovação que frequento, dois temas pulsando quando o assunto é o futuro: a tecnologia e a humanidade.

Se numa ponta está o digital e as revoluções como inteligência artificial, internet das coisas, realidade aumentada, robótica, big data, criptomoedas, computador quântico, etc.., na outra cresce a necessidade e o interesse por aspectos que nos conectam com o que há de mais humano. Tais como o impacto social positivo, a responsabilidade ambiental, a diversidade, as marcas com propósito além do lucro, a empatia, a colaboração, o compartilhamento, etc. Sem falar no crescimento da busca por autoconhecimento, meditação, mindfulness, comunicação não violenta e espiritualidade.

Estamos vivendo um momento de transição entre a quarta revolução industrial, marcada pela fusão definitiva do mundo físico, digital e biológico e a chamada quinta revolução industrial. Ainda é recente a discussão sobre a manufatura que assumiu o rótulo de “inteligente”, porém a velocidade é tamanha que já estamos discutindo a indústria e a sociedade 5.0.

Onde a Indústria 4.0 coloca a tecnologia inteligente na vanguarda da manufatura, a Industria 5.0 será o aumento da colaboração entre humanos e sistemas inteligentes. Casar a alta velocidade da automação industrial com as habilidades de pensamento cognitivas e críticas dos seres humanos será a grande tendência. Segundo a consultoria Accenture, em uma pesquisa realizada com 512 executivos de todo o mundo, 85% deles prevê uma linha de produção colaborativa entre humanos e robôs em suas fábricas até 2020. Na sociedade 5.0 há uma abordagem holística em resposta a automação industrial.

O ser humano fica no centro da inovação e a transformação tecnológica aparece com o intuito de melhorar a qualidade de vida das pessoas. De acordo com o diretor de tecnologia da Universal Robots, Esben H. Østergaard, a fabricante de automóveis Mercedes decidiu dar mais espaço para os humanos nas fábricas de produção, observando que a personalização é um fator importante para os consumidores modernos. Portanto a premissa de automação e “desumanização”, será acompanhada pelo chamado toque humano. Parece um paradoxo, mas quanto mais relevante fica a tecnologia, mais necessitamos do contato humano. Segundo o filósofo e historiador israelense Yuval Harari, a tecnologia não é determinista. Cada um faz dela o que quiser. O conselho que ele nos dá para enfrentar esse futuro é:

“Conheça a si mesmo. Buda, Sócrates e Jesus não tinham concorrência. Hoje, neste momento, vários governos e corporações estão tentando hackear você. Querem saber mais a seu respeito para poderem vender produtos ou política. A terapia e a meditação pode ser um caminho para conhecer-se melhor. Outros preferem fazer trilhas nas montanhas. Cada pessoa pode encontrar seu próprio método, e é importante que se invista tempo e esforço nisso rapidamente”.

O termo High Tech e High Touch foi cunhado em 1982 pelo futurólogo americano John Naisbitt. Segundo ele, a alta tecnologia é sempre menor, mais barata, mais rápida. Conceitos como tempo real, tempo rápido, virtual, simulado, cyber, interativo, digital, em rede, conectado, convergência, aplicativos, reconhecimento de voz, estão ligados ao chamado high tech.

Já o high touch, diz Naisbitt “é o amor do seu filho, é ficar ofegante porque a vista valeu a subida, é querer ajudar seu pai por perceber que agachar agora é difícil para ele, é sentir o divino na tua garganta, é um vento frio que queima seu rosto ….”.

E como isso tudo impacta o consumo e os negócios? Será essencial desenvolver estratégias que reúnam o humano e o tecnológico a fim de criar experiências inesquecíveis para o consumidor. E se na era tecnológica surgem questionamentos como fake news, deep fake, desconfiança no poder público e nas empresas em geral, é condição de sobrevivência assumir uma posição de transparência e autenticidade para se posicionar em relação a causas, aos desafios da humanidade e a impactar positivamente.

A revolução tecnológica do século XXI, tanto quanto a revolução científica, nos força a responder algumas perguntas que até então não tinham sido formuladas: o que significa ser humano na era máquinas inteligentes? Se as máquinas podem competir conosco até na habilidade de aprender, o que nos torna únicos? Como usar os dados de forma ética? Para que necessidades humanas estamos desenvolvendo tecnologias? Como não perder a humanidade em tempos de automação? E para continuar refletindo, deixo aqui um pensamento do astrólogo Quiroga “Monitora o que fomenta em ti a união, pois, é isso que deixa atrás de ti o legado de uma humanidade que merece o futuro que potencialmente merece” .

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Sabina Deweik

Pioneira em Cool Hunting no Brasil, Caçadora de Tendências e Futurista há 20 anos, Educadora e Coach Ontológica.

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