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Workshop apresenta o futurismo aos jovens defensores do meio ambiente 

Promover uma introdução aos estudos de futuro para ativistas ambientais foi um dos objetivos do Workshop “Oficina Futuros Regenerativos”, promovido pelo Teach The Future no dia 31 de maio. O evento foi especialmente produzido para jovens participantes do Fridays For Future (FFF) movimento ambientalista criado a partir de intervenções realizadas pela ativista Greta Thunberg.  

Segundo Juliana Brandão Magalhães, integrante do TTF, o evento reforça o fato de que os jovens ambientalistas já atuam de olho no futuro. Eles se tornam um grande público para o TTF ensinar futuros. Este foi o primeiro workshop, uma degustação pra que eles pudessem expressar seu desejo em continuar uma parceria através da qual pudessem aprender futuros com a TTF.

Como professora de Ciências e Biologia e pesquisadora na área de Etologia, a relação ensino-aprendizagem esteve na base de tudo o que eu faço. Quando trabalhei como bióloga conservacionista, estudando comportamento de animais ameaçados de extinção para fins de  reintrodução em seus habitats, aprendi a importância de se ensinar sobre o futuro, sobre que mundo queremos que continue a existir em um espaço de tempo a partir do momento presente adiante, sobre que mundo queremos que venha a existir. 

Ensinar futuros apresenta grandes desafios exatamente pela complexidade de nossa relação com o tema futuro e também pela nossa relação neuropsicológica com o tema: requer experiência didática que desenvolvi como  professora, como neuropsicóloga, trabalhando com Neuroeducação, além da complexidade dos temas vivenciados relacionados a Meio Ambiente e Futuros. 

Sentia que estava pronta para o desafio de capacitar professores a ensinar futuros através de suas disciplinas. 

Como você enxerga a possibilidade da alfabetização de futuros impactar e ajudar a transformar a Educação?

Precisamos de uma linguagem para conversarmos sobre os futuros. A alfabetização de futuros impacta na capacidade de transformação que cada um, individualmente, e da sociedade, coletivamente, precisa para transformar não só a Educação mas o que precisa ser transformado nesta época de transição, entre um mundo  que não existe mais e outro que ainda não se delineou. 

Esta época é chamada pelos futuristas de “Epic Times”, uma época que se desenrola por um longo período de tempo ainda, caracterizada pela ausência de heróis e em que durante este período tudo se modifica. 

Acredito que posso contribuir com minha experiencia profissional, como professora de Ensino Fundamental, Médio e Universitário e como psicóloga escolar e clínica, minha convivência com colegas de mestrado, que na época era multidisciplinar, e com a influência de grandes mestres, oriundos de diversas áreas de trabalho. 

Poderia dividir minha contribuição como vindas de duas frentes: 

(1) da construção de  um mindset futurista ao longo da vida e 

(2) de construção de um framework para trabalhar com futuros alternativos com meus pacientes e clientes,  a partir de minha formação multidisciplinar. Quanto ao mindset futurista, minha trajetória que não foi linear me ajudou.  

Quanto à construção de uma forma de trabalhar futuros desejados, é importante salientar, como nos diz Peter Bishop, que o futuro desejado é apenas um dos muitos futuros que pode se desenrolar. Portanto a importância de apresentar e se trabalhar futuros alternativos ao professor e ao aluno de alfabetização em futuros. 

Podemos inferir que didáticas relativas a ensinar pessoas a pensar futuros devem passar por metodologias que exploram imaginações detalhadas de futuros alternativos que podem nos calçar de avaliações (valência) mais seguras sobre o que queremos construir pela frente. Ou seja, como podemos utilizar este dado, entre outros, em estratégias didáticas (Neuroeducação) no ensino de estudos de futuros. Acho que minha familiaridade com as Neurociencias pode ajudar no processo de ensinar futuros. 

O Teach The Future Brasil nos oportunizou o contato com a FFF para  oferecermos um workshop em que pudéssemos ensinar sobre futuros. Formamos a equipe e escolhemos o tema Futuros Regenerativos. Tivemos um público de jovens entre 16 e 30 anos e adaptamos o framework para atingirmos esta faixa de desenvolvimento ampliada. 

O workshop foi um sucesso e vamos expandir os estudos de futuros com outras ferramentas e temas ligados do FFF trabalham em suas reflexões, eventos e provocações. Greta é o grande símbolo do movimento FFF com seu jeito de ser provocativo, diferente, totalmente fora do status quo e que inspirou tantos outros jovens e não tão jovens tb.  

Ela é a voz de muitos e como ela costuma dizer “todos somos Greta!”. No movimento Teach The Futures Brasil, temos Rosa Alegria como nossa inspiração, a primeira futurista brasileira! Costumo pensar que assim como Greta diz “Somos todos Greta”, nós do movimento TTF,  temos Rosa e podemos dizer: “somos todos Rosa”, com oportunidades de falar sobre futuros a indivíduos e grupos, em busca de um mundo mais cor de rosa e cheio de alegrias.

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Carlos Teixerira

Jornalista, criador e produtor do Radar do Futuro, site de notícias e análises, especializado em identificação de tendências e dos impactos das transformações sociais, econômicas, políticas e tecnológicas nas profissões, setores e na sociedade.

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